Operação Venire

PF faz buscas na casa de Bolsonaro; coronel Mauro Cid é preso

Agentes miram grupo suspeito de inserir dados falsos da Covid

Bolsonaro e Mauro Cid
Bolsonaro e Mauro Cid |  Foto: Rede social
 

A Polícia Federal cumpre na manhã desta quarta (3) mandado de busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília. 

Na mesma ação, os agentes também prenderam o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid. O militar está entre os alvos da Operação Venire, sobre grupo suspeito de inserir dados falsos da vacinação contra a Covid-19. Além dele, outros dois seguranças do ex-presidente também foram presos. 

"Nunca falei que tomei a vacina [de covid-19]. Nunca me foi pedido cartão de vacinação nos EUA. Não existe adulteração de minha parte", disse o ex-presidente ao deixar sua residência em Brasília, acompanhado de seus advogados de defesa.

Ao conversar com jornalistas na saída de sua casa, Bolsonaro disse que optou por não tomar a vacina após ler a bula do imunizante: "eu não tomei a vacina. Foi uma decisão pessoal minha, depois de ler a bula da [vacina] Pfizer."

Ele informou ainda que sua filha Laura Bolsonaro também não tomou a vacina. No Twitter, a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro comentou a ação.

"Hoje a PF fez uma busca e apreensão na nossa casa, não sabemos o motivo e nem o nosso advogado não teve acesso aos autos. Apenas o celular do meu marido foi apreendido. Ficamos sabendo, pela imprensa que o motivo seria "falsificação de cartão de vacina" do meu marido e de nossa filha Laura. Na minha casa, apenas EU fui vacinada."

Agentes deflagraram a ação nas primeiras horas da manhã desta quarta. A intenção é cumprir 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva em Brasília e no Rio. Segundo a PF, os dados foram inseridos pelo grupo entre novembro de 2021 e dezembro de 2022. A intenção, apontam as investigações, era a "alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante". 

"Tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos, destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid-19", explica a PF. 

Operação Venire

Por meio de nota, a corporação informou que também está sendo feita análise do material apreendido durante as buscas e a realização de oitivas de pessoas que detenham informações sobre o caso.  

“As inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a covid-19 dos beneficiários”, destacou a PF.

“Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes impostas pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa”, completou.

Ainda conforme a corporação, o objetivo do grupo seria “manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a covid-19”.

Com Agência Brasil 

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